terça-feira, 25 de setembro de 2012

Vale dos Dinossauros representa 56% de área arqueologica da America Latina




 Com 330 registros catalogados, que provam que mais de 80 espécies de dinossauros viveram ali, o Parque Estadual do Vale dos Dinossauros se destaca como um dos principais monumentos naturais do Brasil

DANIEL MOTTA


            

 Com 330 registros catalogados, que provam que mais de 80 espécies de dinossauros viveram ali, o Parque Estadual do Vale dos Dinossauros se destaca como um dos principais monumentos naturais do Brasil.  As 53 pegadas catalogadas por arqueólogos e paleontólogos, representam 56% do total existente na América Latina. A importância arqueológica do Vale dos Dinossauros é reconhecida mundialmente e atrai turistas de vários países, como Japão, Estados Unidos e França.
Por ano, são mais de 30 mil visitantes, dos quais, mais de 90% são de outros estados. Mesmo com grande potencial turístico, o monumento ainda enfrenta ‘desafios’ e não consegue atrai turistas locais. Uma revitalização promovida pelo Governo do Estado no valor de mais de R$600 mil irá promover uma maior abertura para a exploração turística do local.
O Parque estadual Vale dos Dinossauros começou a ser descoberta a partir de 1920, quando o geólogo Luciano Jaques de Moraes, em uma missão da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (IFOCS), veio ao Estado para pesquisar os rastros de dinossauros e divulgou por meio de sua obra "Serras e Montanhas do Nordeste", edição de 1924, a existência e as características de duas pistas de dinossauros, diferentes entre si, encontradas no leito do Rio do Peixe.
Porém a exploração da área por parte da arqueologia teve início a partir de 1975, através do italiano Giussepe Leonardi, descobriu que as pegadas existentes na região eram de espécies com mais 65 milhões de anos. A área com registros paleontológicos não se resume apenas a região de Sousa, onde em 2002, o Governo do Estado, declarou como unidade de conservação através do decreto Nº 23.832.
Os vestígios arqueológicos estão presentes em todo ‘Vale’ que compreende a uma extensão de mais de 700 km², compreendo a mais seis municípios. “O Vale dos Dinossauros não compreende apenas a área em que foi construído o parque e que é preservado pelo Estado. Ele é bem mais extenso e possui uma quantidade muito maior de vestígios arqueológicos. Se houvessem mais pesquisas na região, sem dúvidas descobria-se que o monumento é um dos maiores e mais importantes do mundo”, explicou o historiador e vice-presidente da Sociedade Paraibana de Arqueologia (SPA) Juvandi de Sousa.
As pegadas catalogadas desde 1975 apontam que as principais espécies que habitaram o Vale, são Estegossauros, Alossauros, Iguanodontes, carnossauros. O potencial histórico e natural do Parque já foi destaque em publicações de todo o mundo, e foi citado recentemente por uma revista de circulação nacional como um dos 100 lugares que não pode deixar de conhecer.
O “velho do Rio” ou “Guardião do Vale”, Robson Araújo Marques,68, trabalho no Parque há 38 anos e viu de perto as pegadas serem catalogadas. “Eu ajudei ao Giussepe catalogar as pegadas, porque antes todo mundo pensava que fossem pegadas de boi e de ema, ai foi catalogada e comprovado que eram de dinossauros. Passou muito tempo abandonado mas agora deve ser bem mais valorizada com a restauração”, contou.
Gerenciado pela Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema), por alguns anos, o Vale dos Dinossauros vivenciava uma situação de abandono, com infraestrutura precária e falta de condições para atender a demanda de turistas que acabava se deixando de visitar o local.

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