Enquanto não
se amplia o investimento oficial no setor, o Fórum Paraibano de Combate
à Corrupção (Focco) estima que, só em 2011, a corrupção na Paraíba
desviou mais de R$ 232 milhões
Daniel Motta e Marcelo Rodrigo
Passados
mais de 93 anos da instalação dos primeiros sistemas irrigados, a
Paraíba é castigada mais uma vez pela seca e o que poderia ser a solução
para esse problema continua quase insignificante no Estado. O
território paraibano tem a menor área irrigável do Nordeste, apenas 183
mil hectares. O espaço é equivalente a aproximadamente 4% do total de 4
milhões de hectares de área irrigável na região, conforme os dados da
Federação da Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa). O que agrava a
situação é que aproximadamente 60 mil hectares (apenas 32,7% da área
apropriada) é realmente irrigada, uma área equivalente ao território de
Campina Grande. Só que uma mínina parte desses sistemas irrigados
(7.935) pertence a pequenos produtores rurais. A grande maioria é da
iniciativa privada.
Enquanto não
se amplia o investimento oficial no setor, o Fórum Paraibano de Combate
à Corrupção (Focco) estima que, só em 2011, a corrupção na Paraíba
desviou mais de R$ 232 milhões. Esse total seria suficiente para
instalar sistemas simplificados individuais de irrigação em mais 46,4
mil hectares, já que, de acordo com informações do gerente executivo de
Irrigação da Secretaria de Desenvolvimento da Agropecuária e da Pesca,
Demilson Lemos de Araújo, o custo de instalação por hectare é de, em
média, R$ 5 mil.
Como se não
bastasse a minúscula área irrigável disponível para os pequenos
produtores, a área cultivada é ainda menor, 4.930 hectares, o
equivalente a 62% do total disponível. Segundo a coordenadora do curso
de Engenharia Agrícola da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG),
a professora doutora em irrigação, Soahd Arruda Rached Farias, o que
justifica o pouco desenvolvimento da irrigação no Estado é a baixa
profundidade dos solos e a salubridade dos reservatórios, quando ainda
há água. Além disso, a grande maioria dos pequenos agricultores não tem
condições de investir na instalação dos sistemas ou mesmo de contrair um
financiamento.
De acordo com
os dados da Faepa, os três estados com as maiores ares irrigáveis do
Nordeste são a Bahia, que tem uma área irrigável de um milhão de
hectares, seguido por Pernambuco, com uma área de 400 mil hectares, e
Ceará, com 500 mil hectares. Conforme projeção bastante otimista do
superintendente de Múltiplos Usos da Agência Nacional das Águas (ANA),
Joaquim Gondim, até o ano de 2020 a área irrigada dos pequenos
agricultores na Paraíba poderá chegar a 24,5 mil. Mesmo assim, o estado
ainda terá a menor área irrigável da região.
11.419 propriedades
De
acordo com o chefe da Comissão Especial de Planejamento, Controle e
Avaliação das Estatísticas Agropecuárias (Cepagro), do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), José Rinaldo de Sousa, o
último censo realizado pelo órgão, detectou a existência de 11.419
propriedades entre públicas e privadas, que utilizam sistema de
irrigação. Juntas, elas contemplam uma área territorial de 58,6 mil
hectares. “No entanto, não podemos dizer que toda essa área está
irrigada, porque os dados são baseados em informações de proprietários
que solicitam licenças ambientais junto a Sudema. Não significa que toda
a área está irrigada”, explicou José Rinaldo.
Segundo
o chefe da Cepagro, as estatísticas do IBGE apontam que a região com
maior território irrigado é a Mata Paraibana, com 1.203 propriedades que
somam 31.489 hectares. Ele disse que predomina na região, o cultivo da
cana de açúcar e do abacaxi, que também estão utilizando o sistema de
irrigação. O Sertão é a segunda maior área irrigada, com 3, 505 mil
propriedades irrigadas em uma área de 17, 397 mil hectares de terra.
A
região conta com os três maiores perímetros irrigados, que são São
Gonçalo, Várzeas de Sousa e Engenheiro Arcoverde, no município de
Condado. As áreas são irrigadas com água dos reservatórios de São
Gonçalo, Engenheiro Ávidos e Coremas, respectivamente. As terras
férteis que contam com a irrigação, garantem a produção de fruticultura,
com destaque para coco, banana, que abastecem os mercados de cidades
paraibanas e é são também exportados para outros estados como Rio de
Janeiro, São Paulo, Pernambuco e para capital Brasília. Além disso, a
irrigação das várzeas ainda possibilita a produção de produtos da
agricultura de subsistência, como milho, feijão, batata-doce, macaxeira e
arroz.
O Agreste paraibano tem a
terceira maior área irrigada no Estado, com 5.717 hectares distribuídos
em 1.833 propriedades. Os reservatórios de Acauã, em Itatuba e parte do
açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão.
Já
o Cariri, a região que mais sofre com a seca, possui 1.203 propriedades
irrigadas, com um território de 3.399 hectares. O sistema irrigatório
no Cariri beneficia agricultores familiares e é mais usada para
agricultura de subsistência. Já o Brejo e o Seridó são as regiões menos
irrigadas.
Desperdício compromete irrigação
Chefe da Embrapa adverte que falta de qualificação e má gestão dos sistemas aumenta falta d’água
O
chefe da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa),
Napoleão Beltrão, informou que o maior problema ligado à irrigação no
Estado se trata do uso da água, nas áreas que contam com o beneficio.
“Para haver irrigação é necessário que se tenha nas áreas, solos férteis
e água para irrigar sem desperdício. A Paraíba possui 183 mil hectares
de áreas com potencial para irrigação, no entanto, uma área muito
pequena é irrigada.
Mas o grande
problema é que as pessoas beneficiadas não sabem como gerenciar o
sistema e gastam muita água. É uma questão de educação. Se não souber
usar, vai acabar o que tem de água e solo bom. Tem que haver gestão mais
eficiente para gerir o sistema de irrigação na Paraíba”, frisou
Beltrão.
Por estarem em maior
concentração nas mãos de grupos privados, as áreas irrigadas da Paraíba
não estão totalmente cadastradas junto aos órgãos fiscalizadores e, por
conta isso, não há como definir o número exato de grupos, propriedades e
hectares.
Segundo o gerente
executivo de irrigação da Empresa de Assistência Técnica e Extensão
Rural (Emater), Demilson Lemos de Araújo, a primeira área irrigada na
Paraíba foi o perímetro de São Gonçalo, em Sousa, no Sertão. “O
perímetro irrigado de São Gonçalo foi o primeiro da Paraíba e um dos
primeiros do Nordeste”, disse.
“Apesar
de ter sido inaugurado em 1950, ele já vinha sendo aproveitado durante o
período imperial, antes da república. Se trata hoje de um caso de
sucesso, com uma produção de coco e banana que é exportado para outros
estados”, disse.
Sem recursos
No
perímetro de São Gonçalo, alguns produtores também enfrentam os
problemas da falta de recursos financeiros para dar continuidade a
produção, afetada pela estiagem e redução do armazenamento de água dos
reservatórios São Gonçalo e Engenheiro Ávidos, que irrigam o
território.
Conforme o chefe da
unidade da Bacia do Piranhas, do Dnocs, Sebastião Nunes Guimarães, o
nível dos reservatórios está baixo e por conta disso, a promotora do
meio ambiente da comarca de Sousa, em audiência determinou que deverá
haver contenção de gastos de água. Ele disse que somando o volume de
água dos dois açudes, chega a menos de 100 milhões de metros cúbicos.
Somente o Engenheiro Ávidos, que possui capacidade para 255 milhões de
m³, conta hoje com menos de 75 milhões. Já o São Gonçalo que tem
capacidade para 44,6 milhões de metros cúbicos, tem somente 19m³.
Para
garantir água para o consumo e irrigação, o Ministério Público
determinou racionamento. Segundo Guimarães, foi acordado que para o
consumo deverá ser usado 10 milhões de metros cúbicos e 20 milhões será
para irrigação de salvação. “Pelo acordo do MP, ficou firmado que a
irrigação acontecerá a cada 45 dias”, disse.
Combate desde o século XIX
O
presidente do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (Ihgp) e
ex-diretor geral do Departamento Nacional de Obras contra a Seca
(Dnocs), Joaquim Osterne Carneiro, relatou que os primeiros trabalhos
executados na Paraíba para combater a seca começaram ainda no início do
século XIX. Entre as primeiras instituições criadas na tentativa de
superar as consequências da estiagem estão a Inspetoria de Obras Contra
as Secas (Iocs), por volta de 1906.
Joaquim
Osterne lembrou que pelo Decreto 13.687 de 1919, passou a denominar-se
Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (Ifocs) e por meio da Lei
3.955, do mesmo ano, com a chamada Lei Epitácio Pessoa, foi autorizada a
“Construção de obras necessárias à irrigação de terras cultiváveis no
Nordeste, compreendidas todas as que fossem julgadas preparatórias e
complementares de sua execução”, sendo igualmente criada a Caixa
Especial das Obras de Irrigação e Terras Cultiváveis do Nordeste
Brasileiro.
Conforme relato do
historiador, escritor e engenheiro agrônomo, em fevereiro de 1933,
tiveram inicio as atividades do Posto Agrícola do Açude Condado, atual
Açude Engenho Arcoverde, no município de Condado. Em março daquele ano
também começaram os trabalhos agrícolas no Açude São Gonçalo, no
município de Sousa, cuja barragem ainda se achava em construção, sob a
direção do engenheiro Estevam Marinho. Com a instalação de um
moto-bomba, canos e pequenos canais, as primeiras mudas começaram a ser
produzidas.
Áreas atendidas crescem 100% em 20 anos
Outras
regiões passaram a receber incentivos para implantação de sistema de
irrigação. Conforme Demilson Lemos de Araújo, até meados da década de
90, a Paraíba possuía 3,5 mil hectares de áreas irrigadas nas mãos de
produtores rurais e que em 2010 o número saltou para 6.717, um aumento
de quase 100% em menos de 20 anos. “Então em 2010 tínhamos uma área de
6.717 mil hectares e em 2011, aumentamos para 7.935, o que representa um
percentual de acréscimo de 18%, de terras cultivadas por produtores
rurais. Estimamos que outras 50 mil hectares estejam sendo cultivadas
por particulares”, ressaltou.
De
acordo com o chefe da Coordenadoria de Planejamento (CPlan) da Emater,
Alexandre Alfredo Soares da Silva, atualmente são assistidos pelo orgão,
1,9 mil agricultores distribuídos em 2.846 hectares do Litoral ao
Sertão paraibano. Destes, 1.310 cultivam fruticultura.
A
produção é de 46,861 mil toneladas, das quais, 36,483 mil são de
frutas, como coco, manga, goiaba, banana e abacaxi. “A maioria deles
fica no sertão do Estado e a Emater atua ajudando com apoio técnico,
ensinando como usar a irrigação, além de facilitar o acesso deles as
linhas de crédito como o Programa Nacional de Fortalecimento da
Agricultura Familiar (Pronaf), através de empréstimos nos bancos do
Brasil e do Nordeste. As linhas de crédito para o pequeno produtor
irrigado têm sido muito importantes para que ele der conta se de sua
produção e garante a renda”, conta Alexandre.
Acesso às linhas de crédito é limitado
No
entanto, nem todos os agricultores conseguem acesso as linhas de
crédito. O produtor rural Manoel José de Sousa, 70, mora em um lote do
Departamento Nacional de Obras Contra a Seca (Dnocs) em uma comunidade
ribeirinha, próximo ao açude de Coremas, planta apenas milho e feijão
para consumo familiar, porque não possui condições de irrigar a terra.
Ele disse que o contrato do lote está irregular junto ao Dnocs e que por
isso, está inviabilizado de fazer empréstimos em bancos.
Por
conta da seca, ele conseguiu lucrar apenas quatro quilos de feijão e
cinco espigas de milho. “Mesmo morando a poucos metros do açude e o
Canal da Redenção passando dentro do meu lote, eu não tenho condições de
mandar irrigar porque custa caro. Aproveito a terra que a chuva quando
vem, e esse ano ela faltou e eu não tive produção de nada”, lamentou. O
vizinho dele, Mailton Silva também vive a mesma situação e foi obrigado a
ver toda plantação de milho secar, por falta de água. “Perdi tudo.
Imaginar que o canal passa tão próximo e beneficia outras pessoas e eu
tão perto dele, não posso irrigar minhas terras”, desabafou. Pelo menos
três mil famílias estão com o problema na região de Coremas.
Segundo
a gerente substituta do Dnocs em Coremas, Ana Maria Andrade, existem
1.637 lotes do orgão que abrigam colonos, com problemas contratuais e
por conta disso, todos eles, não podem acessar linhas de crédito. “os
problemas vem desde 2007 e assim, todos os colonos estão sem condições
de irrigar as terras porque não tem recursos financeiros para implantar o
sistema. Não há ainda uma previsão de quando os contratos deles serão
regularizados”, explicou.
Solução seria pecuária e coco
Para
a doutora em irrigação e coordenadora do curso de Engenharia Agrícola
da Universidade Federal Campina Grande (UFCG), Soahd Rached, a irrigação
não é viável para todo o Estado por causa das limitações de solo e
água. “O solução seria investir naquilo que a Paraíba tem potencial, que
é a pecuária, com pastagem, e a fruticultura, especialmente com o
coco”, explicou.
Conforme os
dados do Geo Portal da Agência de Gestão das Águas do Estado (Aesa),
mais de 50% da área do estado possui terras não cultivadas com severas
limitações ou íngremes mais susceptíveis a erosão. E quando as
limitações não estão na qualidade dos solos, estão na falta de água ou
na salubridade dos reservatórios existentes. Em alguns deles, o nível de
sal chega a superar as taxas encontradas na água do mar, conforme
relatou a professora.
Segundo
ela, a grande maioria dos reservatórios do Estado é de médio e pequeno
porte, que não suportam a estiagem mais rigorosa e chegam a secar
completamente. “Como um sistema de irrigação vai funcionar se não tem
água suficiente para abastecê-lo? Em muitas regiões não tem água
suficiente ou com qualidade nem para o consumo humano”, destacou.
Soahd
explicou que entre os principais problemas que inviabilizam a irrigação
é o solo raso. “Grande parte do nosso solo é composto por solos rasos,
de até um metro. Por isso o cultivo logo alcança formações rochosas. Por
isso o ideal é que se recorra à fruticultura”, explicou.
Em
compensação, quando as áreas têm solos argilosos com até três metros de
profundidade, o problema é a salubridade da água. “Quando a irrigação
utiliza água com alto teor de sódio, acontece um problema sério com o
cultivo. Quando o sódio se agrega à composição da argila, acontece um
processo com de dissolução ou desagregação da argila e os resíduos mais
densos acabam decantando para a parte mais profunda do solo, criando uma
espécie de crosta, que impede a passagem da água para o lençol freático
e encharca o cultivo e acaba atraindo doenças por causa de umidade.
Isso foi o que já aconteceu nas Várzeas de Sousa e no perímetro irrigado
de São Gonçalo. A administração da irrigação nessas áreas demanda um
manejo muito específico”, explicou.
Na
opinião da professora, os investimentos na Paraíba deveriam ser
direcionados para a pecuária porque a maior parte dos solos tem perfil
propício para silagem e fenação. “Por outro lado, a cultura do coqueiro é
resistente a altos teores de sal e apresenta bom nível de adaptação à
água do Estado”, observou.
Maior coqueiral é de São Gonçalo
Perímetro foi o primeiro a ser irrigado na Paraíba e possui extensão de mais de 5,5 mil hectares despropriados
Graças
às terras férteis e ao sistema de irrigação, o perímetro de São Gonçalo
é o maior produtor de coco do Brasil, abastecendo mercados de outros
estados. Primeira área irrigada do Estado, o perímetro possui uma
extensão de mais de 5,5 mil hectares desapropriadas, sendo 3.045
hectares com potencial irrigável, 2.400 hectares com irrigação e 2.267
hectares de áreas ocupadas por 452 pequenos produtores.
O
gerente do Dnocs, Guimarães aponta que o perímetro ainda tem muito
espaço para se expandir. “São Gonçalo é um caso de sucesso e um modelo a
ser adotado. São mais de 7,5 mil moradores nos dois núcleos e na área
do Dnocs, uma geração de mais de dois mil empregos diretos e uma renda
de R$ 4 milhões ao mês com a venda de cocos. Por mês saem daqui mais de
300 caminhões carregados de coco para todo o Brasil”, calculou.
Ainda
segundo Guimarães, a expectativa é de que o perímetro ainda se expanda
em até quatro mil hectares. “Temos área pra isso e estamos implantando
um sistema chamado de “descompressão agrária”, e novos assentamentos
serão abertos, ampliando o número de produtores”, disse. Além do coco,
outras 18 culturas são cultivadas no perímetro.
Polo de Sousa tem 6,3 mil ha
Entre
os 12 polos mais férteis do Nordeste, destaca-se o perímetro irrigado
das Várzeas de Sousa, segundo o chefe da Embrapa, Napoleão Beltrão. Toda
a área compreende a um total de 6.335 hectares, das quais, 4,3 mil são
irrigadas. Destas, 992 pertencem a 178 colonos, mais de 2,3 mil a grupos
empresariais privados e mais de mil para o assentamento do Instituto
nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Ao todo, são mais de
400 hectares de plantação de coco.
As
Várzeas são irrigadas com água do reservatório de Coremas, transportada
por meio do Canal da Redenção, que beneficia áreas localizadas nas
cidades de Sousa e Aparecida. Com um potencial de solo favorável e
acesso a água, é possível produzir uma variedade de culturas. Os
produtores rurais se destacam pela produção de fruticulturas e os grupos
empresariais se dedicam a multiplicação de sementes. O principal deles é
o Grupo Santana, que produz milho, feijão e até algodão.
Projetos
Segundo
Demilson Lemos de Araújo, entre os principais projetos que o Governo do
Estado está desenvolvendo na área de agricultura irrigada, destacam-se a
recuperação da estrutura do canal adutor do Projeto de Irrigação
Várzeas de Sousa (“Canal da Redenção”); desapropriação da área e
recuperação da barragem “pintado”, localizada no canal adutor no
município de Aparecida, para garantir a segurança hídrica do Projeto
Várzeas de Sousa.
Além disso,
estão em andamento à construção da rodovia da produção no Perímetro São
Gonçalo, recuperação do canal do projeto Lagoa do Arroz, nos municípios
de Santa Helena, Cajazeiras e São João do Rio do Peixe e a revitalização
dos projetos de irrigação Piancó I e III, localizados nos municípios de
Itaporanga, Piancó, Coremas, Cajazeirinha e Pombal.
“Podemos
destacar a implantação do Novo Programa “Tarifa Verde” para
disponibilizar aos agricultores familiares irrigantes de todo o Estado
da Paraíba medidores de energia elétrica de dupla tarifa a fim de
promover a irrigação com tarifas diferenciadas desconto de 73% reduzindo
os custos de produção para atender quatro mil agricultores nos próximos
quatro anos”, disse.
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