quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Dnocs raciona água para áreas irrigadas na PB


Produção de frutas do perímetro de São Gonçalo já está sendo prejudicada pela falta d’água

O Açude Epitácio Pessoa, em Boqueirão, responsável pelo abastecimento de Campina Grande e mais 19 cidades do Agreste, está perdendo por dia, 303 mil metros cúbicos de água, o que somado ao mês, chega a uma redução de mais de nove milhões de m3. Atualmente, o reservatório está com 64,6% da capacidade e caso ocorram chuvas até o começo do próximo ano, o Departamento de Obras Contra a Seca (Dnocs), irá iniciar um racionamento, começando pela irrigação de áreas. Nos açudes de São Gonçalo e Engenheiro Ávidos, no Sertão, o racionamento em áreas irrigadas já começou e o Dnocs só está liberando água para o consumo humano e animal.

A produção de frutas do perímetro de São Gonçalo já está sendo prejudicada pela falta d’água. Em Coremas, açude maior do Estado, está com apenas 47% do volume total e o Dnocs também prevê racionamento caso não chova nos primeiros meses do próximo ano.

De acordo com o superintendente do Dnocs na Paraíba, Sólon Alves Diniz, a cada dia o volume dos açudes estão reduzindo com velocidade e com a ausência de chuvas, a tendência é de que ocorra um racionamento na maioria das barragens coordenadas pelo orgão. “Por enquanto, em alguns reservatórios onde a situação é mais critica, já começamos a suspender o abastecimento destino a irrigação. É uma pena, mas infelizmente a prioridade é o consumo humano e animal. No Epitácio Pessoa, em Boqueirão, a capacidade ainda está em 64%, mas se chegar aos 50%, sem chover, vamos racionar suspendendo a parte de irrigação. O açude abastece uma quantidade grande de cidades, além de Campina Grande e por isso, é preciso, caso não chova até o começo do ano que vem, controlar a liberação de água”, explicou.

Segundo o chefe de administração do reservatório, Everaldo Jacobino, a perda diária incluindo evaporação e consumo está chegando a um centímetro por dia, o que equivale a 303 mil metros cúbicos de água por dia.

“A média é de um centímetro perdido por dia, mas tem dia que chega a perder até dois cm, o que corresponde a até 606 mil m³ perdidos. Isso somando ao mês chega a mais de nove milhões de metros cúbicos perdidos. Se não tiver um controle, poderemos entrar em colapso”, destacou.

Previsão
Apesar do sofrimento provocado pelos efeitos da estiagem, mais de 200 mil agricultores ainda tem esperança que choverá no próximo ano, como prevê o PhD em Meteorologista, Luiz Carlos Baldicero Molion, pesquisador da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).

Segundo ele, as configurações climáticas para região Nordeste já estão começando a mudar a tendência é de que logo no primeiro trimestre do próximo ano, ocorram chuvas regulares. “Esse ano, o fenômeno El Niño teve uma atuação muito intensa e por isso, provocou uma estiagem como a que estamos presenciando. agora, ele já está de dissipando e isso significa que as águas do pacifico que estão aquecidas, começarão a resfriar, o que será favorável a ocorrência de chuvas no nordeste. com esse resfriamento terá uma circulação atmosférica que possibilitará a formação de chuvas. então a previsão é de que 2013 será um ano de chuvas regulares, diferente da estiagem que está ocorrendo este ano”, explicou.

Daniel Motta

Vendas do comércio devem crescer 12% com festas de final de ano em CG



Tito Motta destacou que o período de final deste ano deverá ser um dos melhores dos últimos dois anos

O comércio varejista de Campina Grande deve registrar um crescimento de 12% durante as festas de final de ano, em comparação ao mesmo período do ano passado. A estimativa é da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), que prevê também que os setores de calçados, vestuário e artigos para presentes terão a maior procura por parte dos consumidores. Na cidade, as lojas já estão vendendo produtos natalinos e investindo em facilidades de pagamentos para atrair clientes, como promoções, parcelamentos e descontos que podem chegar a 70%.

De acordo com o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Tito Motta, as lojas já estão investindo nas contratações e a expectativa é de que cerca de mil pessoas sejam contratadas. Desse total, pelo menos 30% deverá ser aproveitado pelas lojas. “Acredito que esse percentual seja aproveitado pelas lojas em seus quadros de funcionários permanentes. Isso é muito importante, porque são pessoas que se qualificaram durante o movimento do comércio no final do ano e passarão a ficar permanente no comércio da cidade”, destacou.

Tito Motta destacou que o período de final deste ano deverá ser um dos melhores dos últimos dois anos. “O ano de 2010 foi o ápice do comércio varejista de Campina Grande e ano passado também ainda foi melhor. Por isso, o crescimento registrado nos últimos dois anos nos leva a crer que esse ano será muito bom também. As lojas já estão se preparando para a movimentação”, disse.

Para atrair os consumidores, as lojas deverão oferecer facilidades de pagamento com parcelamentos em até 10 vezes no cartão de crédito, além de descontos que ainda estão sendo planejados. “Os lojistas estão se preparando para a data que é uma das melhores do ano para o comércio varejista da cidade e para atrair os consumidores, se planejam para oferecer facilidades de pagamento, descontos e promoções”, frisou.

Daniel Motta - Correio da Paraíba

Estiagem deve se prolongar por mais um trimestre, prevê INPE



Foto: Roberto Lima
A estiagem - que afeta mais de 1,5 milhão de paraibanos de 127 cidades - deve se prolongar pelos próximos três meses. É o que afirma o climatologista do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Lincoln Muniz Alves. 

Ele explica que com base nas últimas previsões, está ocorrendo uma instabilidade climática no Oceano Pacífico, o que sugere possível manifestação do fenômeno La Niña, com redução das probabilidades de chuva no Nordeste por mais um trimestre. No Sertão, moradores de Bonito de Santa Fé protestaram pedindo fechamento da comporta do açude que abastece a cidade.

Segundo o climatologista, as previsões são feitas por períodos sazonais por especialistas do CPTEC-INPE. No relatório climático deste mês a previsão de consenso para o trimestre dezembro de 2012 a fevereiro de 2013 (DJF/2013) continua indicando maior probabilidade de ocorrência de chuvas na categoria abaixo da faixa normal (40%) para grande parte do Nordeste e extremo leste da Região Norte. A previsão ainda indica que as temperaturas podem variar entre normal e acima da normal em áreas do Nordeste, como resultado da maior probabilidade de estiagem prevista para o trimestre.

Daniel Motta - Correio da Paraíba

Até o xique-xique desapareceu: Sobreviventes da seca dizem que nunca viram tanta destruição ambiental; desertificação piora cenário


Foto: Roberto Lima
Acumulados, os problemas decorrentes da estiagem deste ano fazem com que agricultores sobreviventes de outras secas, se assustem e já considerem esta estiagem como uma das maiores. O aposentado da cidade de Monteiro, Jorge Menezes, de 77 anos, disse que está vendo o maior desastre ecológico e social de toda a sua vida. “Vivi outras secas, como as da década de 1990, e ouvia falar da seca de 1915, que foi uma das maiores, mas a deste ano é diferente. Não tem nem como comparar”, lamenta.

De acordo com o doutor em Agronomia e chefe geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Napoleão Beltrão, o que pode explicar o agravamento da estiagem deste ano é principalmente os efeitos do aquecimento global, promovido pela desertificação e ação do homem contra a natureza.

Um dado ainda mais alarmante, segundo Beltrão, é que de acordo com um estudo elabora há 25 anos, ocorreria no semi-árido do Nordeste brasileiro, uma seca que duraria três anos, indo de 2012 até 2014. “Tem um estudo que também aponta que haverá uma época em que o Nordeste do Brasil viverá um fenômeno chamado “Big One”, que é a grande seca. Já estamos sentido que poderá ser uma das maiores da história, agora vamos torcer que não se confirme os três anos e que ocorram chuvas no próximo ano, senão a situação ficará muito mais complicada”, frisou.

Os agricultores que são veteranos da seca, visualizam o agravamento do problema, mas têm esperança de que o quadro seja revertido. A aposentada Maria Joventina Cordeiro, 88 anos, que mora no sitio Queimadas, na zona rural de Monteiro, teme que em 2013 a situação piore por conta das experiências que teve com anos terminados com o número “3”. “Nunca vi na minha vida um ano “3” prestar. Meus avôs e meus pais sempre disseram que o ano do “3” é difícil chover. Se este ano está ruim desse jeito, meu medo é que ano que vem seja muito pior. Fico muito triste quando vejo os animaizinhos morrendo de fome, as coisas tudo cara e os coitados dos agricultores tendo que conviver com uma realidade tão dura. Só Deus quem pode mudar essa situação e vamos continuar pedindo a ele para mandar chuva, senão, nem sei o que será do povo aqui”, destaca a idosa.

A agricultora Maria do Carmo Neres tem 80 anos de idade, também compartilha do mesmo pensamento. Ela conta que sofreu na pele os efeitos de três grandes secas e está atravessando as dificuldades deste ano, tendo que lutar para manter vivo o seu rebanho de 17 cabeças de gado.

Mesmo idosa e com a saúde fragilizada, ela trabalha todos os dias, carregando água em um balde para matar a sede os animais. Para a aposentada, se não chover logo, terá que se desfazer do rebanho, por falta de condições para cuidar deles. “Já sofri muito nessa minha vida com seca, mas este ano estou muito assustada, porque a cada dia a situação se agrava mais. Queria tanto que Deus mandasse umas chuvinhas pra salvar os bichinhos da gente. Tão morrendo de fome e minha aposentadoria não da pra comprar ração. Estou velha e trabalhando muito só pra não ter a tristeza de ver as vaquinhas morrerem”, desabafou

Visão de um centenário

Com 100 anos de idade, Francisco Mendes, morador da cidade de Prata, no Cariri, é um dos mais velhos da região e relembra que as secas de 1915, 1932, 1958 e 1993 foram devastadoras, mais concorda que 2012 entrará para história como o ano da “maior seca”, dos últimos 90 anos.

“Nasci em 1912 e na seca de 1915 eu tinha três anos de idade, mas lembro como foi destruidora. Em 1932, eu tinha 20 anos e vivi mais uma grande seca. Em 1958, eu tinha 46 anos e sofri demais com uma seca, que parecia ser a maior, mas veio a de 1993, quando eu já estava mais velho com 81 anos e foi uma seca de assustar. Agora, estou com 100 anos, e acho a seca deste ano a pior de todas que já vi”, afirmou o aposentado.

Para eles, a grande diferença da estiagem deste ano em comparação com as outras que assolaram o Nordeste, é a devastação das matas, que destruiu campos e várzeas, mudou a paisagem e não restou nada para alimentar os animais. Os mandacarus, xique-xiques, macambiras e outras espécies de plantas que conseguem se adaptar ao clima seco, e que eram encontradas em abundância no solo do Cariri, e que servem de alternativa para os agricultores alimentarem seus rebanhos, já estão entrando em extinção.

A palma forrageira, principal alimento usado para o gado, foi devastada pela praga da cochonilha do carmim. “Nas secas passadas, pelo menos podia se encontrar no campo, plantas que serviam para alimentar os animais. Não se vê por ai, tantos animais mortos, porque por mais que não tivesse lucro, mas as plantas e, sobretudo a palma, eram quem mantinham o rebanho de animais vivos. Agora, o que se vê é animais morrendo direto, gado magro e criadores desesperados com a situação”, disse Jorge Menezes, que foi prefeito de Monteiro nos anos 70.

“Não sei o que fazer mais não” , chora agricultor que sofre com a seca


Criador diz que já vendeu gado pela metade do preço e adquiriu dívidas para manter a propriedade
Foto: Roberto Lima

Enquanto alguns ‘veteranos das secas’ relembram casos de estiagem que marcaram a Paraíba no passado, outros contam o drama do sofrimento que estão vivendo este ano. Luis Cordeiro, 67 anos, mora no sitio Queimadas, distante 10 quilômetros de Monteiro, no Cariri, e já está perdendo as esperanças por dias melhores.

A luta diária para minimizar os efeitos da seca em sua propriedade fez com que o idoso contraísse débitos financeiros, algo que sempre fez questão de não ter. “Vendi cinco cabeças de gado por menos da metade do preço e outras cinco morreram. Só tenho agora 40 cabeças passando fome. Gasto por mês cerca de R$ 1,8 mil, mas do que meu salário e de minha esposa juntos. Tô queimando uns restos de xique-xique que percorro quilômetros pra encontrar. Sei o que fazer mais não. Nunca me deparei com uma situação dessa, devendo e vendo os bichos morrerem”, lamentou.

A destruição causada pela seca não traz somente problemas financeiros para os moradores das cidades mais afetadas. Os danos também contribuem para um sentimento de fracasso, revolta e dor, sobretudo nos criadores rurais que são obrigados a assistir a morte de seus animais ou mesmo ter que vendê-los.

Na propriedade de José Rivaldo Moraes, 60, no sitio Pocinhos, zona rural de Monteiro, o filho dele não aguentou a seca e foi embora em busca de melhores condições de vida em São Paulo. Doente, vítima de problemas cardíacos e deficiente de um braço, ele reclama que não tem mais força para enfrentar a seca e a sorte da família é a mulher dele, Maria Eunice Barbosa. 50, que é responsável por cuidar dos trabalhos na roça. Eles sobrevivem com uma renda de R$102, do programa Bolsa Família. “Não entendo mais isso que está acontecendo não. È muita desgraça para um tempo só”, lamenta.

O vizinho dele, Edilson Leonardo Moraes, 49, disse que já começa a sentir incapaz de lutar contra os problemas e que conta com ajuda do filho Anderson Moraes, 10, para dar conta das últimas cabeças de gado que sobraram no curral. “Vou levando até onde puder, quando não tiver mais forças para aguentar, nem sei o que será de mim. Muito triste acordar e não ter o que dar para o gado comer. Ver os animais agonizando até a morte, em sua plena inocência. Só Deus para tirar a gente dessa situação calamitosa”, ressaltou.

O produtor rural Carlos Luciano da Silva, 49, possuía o maior rebanho bovino do município do Congo, com mais de 400 rezes. Com a falta de água e alimento para os animais, ele teve que vender a metade e teme ter que se desfazer dos que restam no curral. “Não tenho coragem de ver nenhum do meu rebanho morrer de fome e por isso, prefiro vender até por menos da metade do preço. Não é somente o prejuízo financeiro que nos comove, mas também o sentimento afetivo que temos por nossas criações”, disse.

Seca expulsa jovens e separa famílias

A seca deste ano não tem somente destruído os campos, vegetação e matado animais. Ela também tem provocado a separação de familiares, sobretudo os jovens, que estão deixando pais e irmãos em busca de melhores condições de vida, no Sudeste do país. Pelo menos 4 mil já deixaram as regiões do Cariri e Sertão da Paraíba, para trabalhar em outras lavouras como a de cana-de-açucar no interior paulista. Outros migram em busca de emprego nos grandes centros urbanos, como Rio de Janeiro e São Paulo.

Monteiro é uma das cidades de onde mais saem jovens para o Sudeste. São José de Caiana, Cachoeira dos Índios, Nazarezinho, Serra Grande, Sousa, Princesa Isabel, Juru, Monteiro, Teixeira e Água Branca também são campeões no êxodo. Por isso, o número de residências abandonadas nas comunidades rurais é grande.

Para os pais, apesar da saudade, a partida dos filhos tem sido a saída e para conseguir driblar as dificuldades. O filho de José Rivaldo Moraes, 60, deixou a casa no começo deste ano para se arriscar na área de construção civil, em São Paulo. “Graças a ele, ainda estamos conseguindo manter umas cabeças de gado, porque com o dinheiro que ele nos manda, eu compro milho. Na nossa casa, só entra esse dinheiro que ele manda e que não é muito porque ele tem as despesas em São Paulo e o Bolsa Família. Se não fosse isso, já tinha morrido todo mundo de fome”, ressaltou.

Obra parada é frustração

As obras da transposição do Rio São Francisco, que poderiam ser motivo para animar paraibanos atingidos pela seca, estão causando ainda mais frustração. Paralisadas em praticamente todos os lotes que integram os eixos Norte e Leste, os canais que chegaram a ser construídos, estão se deteriorando. O lote 12, que sai de Sertânia (PE), estava previsto para chegar em Monteiro, no final deste ano. No entanto, as obras foram interrompidas numa distância de pelo menos 10 Kms e sequer chegaram à divisa estadual.

“Agora, parada do jeito que está, quando decidirem retomar essas obras, ao invés de começaram de onde pararam, terão que voltar, refazendo muitas coisas porque está se destruindo”, relatou o vice-prefeito eleito da cidade, Carlos Eduardo Menezes.

O eixo leste da transposição possui 287 quilômetros de extensão e conforme informações do o Ministério da Integração Nacional (MIN), repassadas no começo deste semestre, as obras já estavam mais de 70% executadas, mas, atualmente, o que se vê nos trechos é abandono.

“Não tenho mais fé que essa transposição saia não. O que se ouve é que a prioridade são investimentos em outras obras, como as da Copa do Mundo. É revoltante ver esse canal se quebrando todo e não correr água nele ainda pra matar a sede do povo”, diz o agricultor José Rivaldo. A última previsão do MIN é que a transposição deveria ser concluída até o final de 2015.

Açude de Coremas

Maior da Paraíba e o 4º maior reservatório público do País – está com apenas 47,49% de sua capacidade de armazenamento. O manancial já baixou 4,38 metros cúbicos e perdeu 12 KMs de extensão de água, por causa dos efeitos da estiagem prolongada. O Departamento Nacional de Obras contra Seca (Dnocs) estima que, mesmo que não ocorram chuvas, a quantidade de água existente é suficiente para o abastecimento até o final de 2014. Mas, moradores de 16 cidades temem racionamento.

Seca não é a maior, mas faz mais estragos


Oito meses sem chuvas dizimam 50% do rebanho e inviabilizam agricultura
Foto: Roberto Lima

Carcaças de animais, plantações devastadas e casas abandonadas desenham o cenário dos impactos provocados desta estiagem, que em pouco tempo já deixou um rastro de destruição maior que outras secas registradas no Estado. A meteorologia conta oito meses sem chuvas e lista as regiões mais afetadas: Cariri, Curimataú e Agreste, onde praticamente não houve produção agrícola e mais de 50% do rebanho já foi dizimado. Segundo o meteorologista Alexandre Magno Teodósio de Medeiros, esta não é a maior seca dos últimos anos, mas a que tem causado mais estragos.

Ele explica que a última maior estiagem foi no final da década de 1990, considerando o índice pluviométrico e o volume dos reservatórios. “A seca de 1998, provocada pela mais intensa atuação do El Niño neste século, teve 30% menos registros de chuvas do que este ano. Naquele período, não choveu em pelo menos 70% das cidades paraibanas e o açude do Boqueirão ficou com apenas 14% de sua capacidade hídrica, causando um racionamento geral de água”, explicou.

De acordo com o meteorologista, os impactos da estiagem deste ano, dão a sensação de que ela é maior: “O tamanho do rebanho bovino hoje é maior, a extensão de áreas plantadas também cresceu. Os prejuízos são maiores”.


Daniel Motta - Correio da Paraíba


terça-feira, 27 de novembro de 2012

Medicina é o curso mais concorrido do vestibular 2013.1 da UFCG


O estudante Iury Batista, está entre os mais de dez mil que concorrem às vagas de Medicina no campus de Campina Grande, pelas vagas livres. “Eu já curso Medicina no campus de Cajazeiras e estou concorrendo a uma vaga no curso de Campina, porque quero muito transferir por conta das oportunidades praticas que tem na cidade. Apesar de gostar muito do curso em Cajazeiras, acredito que terei mais oportunidades em Campina, porque as coisas são bem mais fáceis”, disse o estudante do 7º período. 

A Universidade Federal de Campi na Grande (UFCG) divulgou na tarde desta segunda (26), a concorrência do Vestibular 2013.1. Das 3.115 vagas disponibilizadas, 2.695 são livres e 420 reservadas a estudantes que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. Destas, 228 são reservadas aos estudantes com renda familiar igual ou inferior a 1,5 salário mínimo per capita, das quais 131 para cota racial e 97 para cota não racial.


Para as vagas livres, os cursos mais procurados são os de Medicina em Campina Grande, com 270,9 candidatos por vaga, e Medicina em Cajazeiras, com 141, seguidos de Enfermagem, em Campina Grande, com 79 inscritos por vaga.


Para os candidatos inscritos no sistema de cotas, o curso de Medicina em Campina Grande também aparece em primeiro lugar na concorrência para os inscritos na categoria com renda menor que 1,5 salário (189,5 por vaga, na cota racial, e 301, na cota não racial) e maior que 1,5 salário (61,5 por vaga, na cota racial, e 99, na cota não racial).

Ao todo, foram homologadas 57.943 inscrições, das quais 7.768 foram destinadas às cotas, sendo 6.584 com renda menor que 1,5 salário (3.228 na cota racial) e 1.184 com renda maior que 1,5 salário (550 na cota racial).

A partir desta edição, haverá uma seleção para cada período letivo, ou seja, serão dois vestibulares distintos: o Vestibular 2013.1, com 3.115 vagas, para os 67 cursos com entrada no primeiro período, e o Vestibular 2013.2, com 1.600 vagas, para os 35 cursos com entrada no segundo período (há cursos com entrada nos dois períodos, uns com entrada apenas no primeiro período e outros apenas no segundo período). As inscrições para o Vestibular 2013.2 ocorrerão no próximo ano.

Os dois vestibulares totalizam 4.715 vagas em 75 cursos de graduação, distribuídos nos sete campi da instituição: Campina Grande, Cajazeiras, Cuité, Patos, Pombal, Sousa e Sumé.
Veja a lista com os 10 cursos mais concorridos, para vagas livres:

1 - Medicina (C. Grande) - 270,9
2 - Medicina (Cajazeiras) - 141
3 - Enfermagem (C. Grande) - 79
4 - Psicologia (C. Grande) - 58,33
5 - Engenharia Civil (C. Grande) - 58,48
6 - Administração (C. Grande) - 35,54
7 - Nutrição (Cuité) - 29,90
8 - Direito (Sousa -  diurno) - 26,79
9 - Enfermagem (Cajazeiras - diurno) - 22,77

10- Direito (Sousa - noturno) - 20,50

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

UFCG divulga calendário acadêmico 2012.


Matrículas serão de 19 a 23 de novembro

A Pró-Reitoria de Ensino (PRE) da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) divulgou nesta terça-feira, dia 20, o calendário acadêmico para o período letivo 2012.2 nos campi de Campina Grande, Patos, Pombal, Sousa, Cuité e Sumé, cujas aulas começarão no próximo dia 26 de novembro.

O período para realização da matrícula em disciplinas será de 19 a 23 de novembro, com o dia 19 reservado aos alunos aprovados no Vestibular 2012.  No dia 24 de dezembro as aulas serão paralisadas para o recesso natalino e parte das férias dos docentes, retomando no dia 27 de janeiro de 2013 para o complemento do período, que se encerrará em maio.

Cajazeiras

Com uma semana a mais de atraso no calendário, o Centro de Formação de Professores (CFP) terá suas datas discutidas nessa terça. O pró-reitor de Ensino, Vicemário Simões, estará com os coordenadores dos cursos de graduação daquela unidade de ensino apresentando propostas de datas que permitam a unificação dos calendários o mais breve possível.

domingo, 14 de outubro de 2012

Cidade-potência em inovação: CG produz e exporta tecnologia de excelência para o mundo

Polo tecnológico de CG coloca a Paraíba no mapa da inovação

Cidade é considerada um dos principais centros de tecnologia da informação do mundo e atrai estudantes, pesquisadores e empresas 

Vista do Centro de Campina Grande - cidade dinâmica e desenvolvida da Paraíba. Foto: Cacio Murilo
 Daniel Motta
       Encravada na Serra da Borborema, no Agreste paraibano e situada a cerca de 150 quilômetros da Capital João Pessoa,  Campina Grande, a segunda maior cidade da Paraíba é destaque mundial e referência na produção de tecnologia, sobretudo da informação. A cidade é considerada uma das mais inovadoras do país. A 'Rainha da Borborema', como é conhecida,  é um dos 74 pólos tecnológicos do país, mapeados pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anproteca). 

      Ela reúne  uma centena de empresas de TI, mil empregos gerados e o maior número proporcional de PhDs do Brasil ( 600).  Nos últimos anos, o setor alavancou para 43 países as exportações de software e hardware, que vão de bancos de dados de alta complexidade às mais simples recicladoras de cartuchos. Entre seus clientes estão nomes como HP, Nokia, Petrobras e Interpol, a polícia internacional para o crime organizado.

CG é 4ª em potencial de inovação
Campina Grande é a quarta cidade do Nordeste com maior potencial de inovação, segundo levantamento realizado pelo Instituto Inovação, Sebrae e Instituto Brasileiro de Geográfica e Estatística (IBGE). A cidade está entre as 45 cidades do País com maior potencial listadas na pesquisa e é a única do interior do Nordeste a fazer parte da lista, figurando ao lado de capitais como Brasília, Manaus, Belém e Salvador. 
A pesquisa considerou que Campina Grande se destaca como um dos principais polos de produção de Tecnologia da Informação (TI), softwares, games e outras soluções, que abastecem empresas de todo País e atraem investidores. De acordo com o estudo realizado pelas três instituições, Campina Grande é a quarta cidade do Nordeste, ao lado das capitais do Recife, Fortaleza e Salvador. 

Nomeado como “As cidades Mais Inovadoras do Brasil – os 45 bolsões de inovação nas cinco regiões brasileiras” o estudo apresentou um mapa do potencial de cada uma das 45 cidades e demonstra que elas estão atraindo cada vez mais investidores, por conta do grande número de profissionais inovadores e das condições oferecidas para que ocorram os investimentos.
PaqTcPB em CG reúne mais de 30 empresas incubadas
Incubadora criará 400 empregos
  O secretário ainda destacou que o setor de TI de Campina Grande ainda vai se destacar muito mais quando ficar pronto o Centro de Inovação Tecnológica Telmo Araújo, que irá incubar empresas e gerar mais de 400 empregos para jovens desenvolvedores de soluções de TI. O investimento para instalação do Citta é de R$1,7 milhões. “Possuímos o destaque de sermos um dos melhores polos de produção de tecnologia da informação no Brasil, mas muitos de nossos jovens, de excelente qualidade profissional, acabam indo embora trabalhar fora. Então, a nossa intenção é rever isso e fazer com que cresçamos mais, abrindo empresas, dando espaços para que elas sejam incubadas e, assim, gerar mais emprego e renda para o desenvolvimento de Campina Grande e da Paraíba”, destacou Procópio. 


         Em toda Paraíba existem mais de 300 empresas do ramo de TI que faturam R$ 200 milhões por ano. No entanto, não conseguem vender no mercado local. De toda produção, 95% é exportada e apenas 5% é comercializada no Estado, conforme cruzamento de dados do Projeto Farol Digital do Sebrae, Parque Tecnológico (PaqtcPB) e da Secretaria de Estado da Indústria e Comércio. Elas vendem para mercado externo (nacional e internacional), principalmente, para a Europa, Estados Unidos, Japão e China. Especialistas do departamento de Informática da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) apontam que a evasão da produção decorre da falta de profissionais qualificados nas empresas de TI da Paraíba para intermediar as vendas junto aos clientes. 

Falta de conhecimento é gargalo
 
      Empresários de vários setores na Paraíba, principalmente os de estabelecimentos comerciais, buscam ofertas de tecnologia de informação em outros estados, à exemplo de Pernambuco, Bahia, Brasília e São Paulo, porque acham que é mais viável por conta do relacionamento na hora das negociações com os fornecedores. Para o secretario da Indústria e Comércio da Paraíba, Marcos Procópio, a falta de conhecimento e de informação e comunicação sobre os produtos locais são os principais gargalos que afastam os paraibanos do próprio mercado tecnológico.

Segundo a gestora do projeto Farol Digital, do Sebrae, Danyele Raposo, o número de profissionais que são formados na Paraíba para trabalhar com empreendedorismo e relações comerciais ainda é insuficiente para atender a demanda do mercado. Ela disse que anualmente, mais de 500 profissionais são formados no Estado, mas que não corresponde às necessidades, principalmente de um mercado inovador como o de Tecnologias de Informação. 

      Para o coordenador do curso de Computação da UFCG, Dalton Serey, os estudantes formados na instituição são instigados em maior parte à produção e desenvolvimento de soluções de serviços para atender o mercado, que segundo ele, é crescente. “Nós somos técnicos, preparados para produzir e isso é feito com muita dedicação, esforço e qualidade, tanto que a tecnologia produzida aqui na Paraíba é uma das mais conceituadas do mundo. Mas, não há de fato uma preparação para empreender. Nós não sabemos vender, isso é uma realidade. Mas a situação está mudando e a tendência é termos no mercado empresas com profissionais técnicos e empreendedores”, disse o professor.
UFCG em Campina Grande  é considerada uma das melhores do país 
Evasão de ‘cérebros’
    Enquanto comerciantes e empresários da Paraíba se interessam pelo mercado tecnológico de outros estados, acabam abrindo espaço para que grandes empresas nacionais e até internacionais, como o Google e o Facebook, buscquem mão de obra especializada na Paraíba. Com um know how reconhecido em todo o mundo, o parque tecnológico paraibano, a UFCG, UFPB e escolas técnicas como IFPB e IFET- PB formam profissionais que são disputados por corporações renomadas de vários países. O coordenador do curso de Computação da UFCG, Dalton Serey, disse que durante a graduação, os alunos elaboram projetos que acabam virando empresas, quando eles saem da faculdade.

De Campina Grande para o Google
Diego já foi contratado pelo Google evai morar nos EUA 
     Destaque internacional em produção tecnológica, sobretudo da informação, Campina Grande vem se consolidando como referência no setor, por conta da formação de gênios do curso de Ciências da Computação, da Universidade Federal (UFCG). Gigantes do ramo de TI, como o Google e Facebook buscam os estudantes para ingressarem em seus escritórios. O jovem  Diego Tavares Cavalcanti, 23, é o sétimo do curso a assinar contrato com o Google, mesmo antes de concluir o mestrado. Ele irá trabalhar com o produto “Google Drive”, armazenando arquivos através da tecnologia “Na nuvem”.
     Diego chamou a atenção dos executivos do Google, em 2010, após ganhar um prêmio mundial de pesquisa de informática, através de um projeto de iniciação cientifica. Logo no ano passado, a empresa lhe ofereceu dois estágios e aprovou o desempenho do campinense, dando uma oportunidade de emprego fixo na sucursal de Nova York. “Eu fiz dois estágios no Google. O primeiro durou três meses, indo do mês de julho a setembro do ano passado e que aconteceu na sede matriz do Google, que fica no Vale do Silício. O segundo estágio aconteceu esse ano, entre os meses de junho a agosto e foi feito em Nova York, no mesmo local para onde fui contratado”, explicou.

O garoto viajará para os Estados Unidos, no segundo semestre do próximo ano, após receber o visto. Ele afirma que está radiante para começar a trabalhar na empresa que admira e que é uma das maiores e mais importantes do mundo no ramo de TI. “O contrato já está assinado e tudo certo. Só ainda não fui por conta do visto, que como é para trabalhar, tem umas questões burocráticas, mas está dando tudo certo e a viagem e será ano que vem. Estou feliz pela conquista, porque é muito importante conseguir uma oportunidade como essa e vou aproveitar o máximo”, disse.

Tavares aponta que se sente orgulhoso em representar Campina Grande na empresa, assim como os outros seis conterrâneos que já atuam no Google e atribuiu o sucesso da cidade na produção tecnológica, ao esforço dos alunos e professores do curso. “Pelo que percebi, quando estagiei no Google, nós não somos inferiores em nada, em relação aos estudantes das universidades mais conceituadas do mundo, como as americanas e européias. Lá, os paraibanos se destacam pelo trabalho que fazem e tem o reconhecimento que merecem. Estou feliz em estar indo trabalhar no Google e dizer que fui aluno da UFCG, em Campina Grande, na Paraíba”, destacou Diego.

Segundo o coordenador do laboratório de praticas de engenharia de software da UFCG, Dalton Serey, os estudantes do curso de Ciências da Computação da instituição são disputados por empresas logo que ingressam na faculdade. “A procura por nossos alunos é grande e antes de terminar o curso, a maioria deles já está empregada em empresas renomadas. Poucos ficam na Paraíba porque recebem propostas excelentes. Muito jovens, eles já ingressam no mercado e conquistam o espaço que merecem, porque são muito bons. A universidade tem se esforçado para preparar cada vez melhor e isso tem sido resultado, através dos destaques. O curso recebeu cinco estrelas por seis vezes seguidas, do Guia do Estudante”, frisou.

Estudantes premiados pelo mundo
Felipe, o 1º brasileiro a conquistar ouro na competição
     
O reconhecimento da qualidade da produção tecnológica de Campina Grande perpassa fronteiras e conquista o mundo. Estudantes do curso de Ciências da Computação da UFCG levam o nome  do Brasil para longe e vencem concursos diante de estudantes de renomadas universidades americanas e europeias.  Em 2011, pela primeira vez, um estudante brasileiro conquistou medalha de ouro na Olimpíada Internacional de Informática. O jovem Felipe Abella Cavalcante Mendonça de Souza,17, terminou a competição, que foi realizada na Tailândia, como terceiro colocado geral, com 598 de 600 pontos possíveis.
      Mais três brasileiros conquistaram medalhas na olimpíada, todas de bronze. No total de medalhas, o Brasil superou concorrentes como a Inglaterra, França, o Canadá e a Alemanha, equipes com tradição na competição, segundo a Sociedade Brasileira de Computação (SBC). Ele concorreu com mais de 300 estudantes, de cerca de 80 países.


Excelência em tecnologia, cidade inovadora atrai estrangeiros 
Dalton Serey na ponta da mesa durante evento na UFCG
     Campina Grande já se consolidou entre os maiores e melhores polos de produção de Tecnologia da Informação (TI) e centro de excelência mundial no setor. Isso se deve em grande parte, a qualidade dos profissionais que atuam na atividade e que de forma empreendedora, não mede esforços para ver a cidade se destacar. Um dos grandes responsáveis por projetar Campina no ramo de TI para o mundo é o chileno, Dalton Serey, que adotou a “Rainha da Borborema” e faz dela, berço do desenvolvimento.
     Doutor em Métodos Formais em Engenharia de Software, Serey coordenou o curso de Ciências da Computação da Universidade Federal (UFCG) por oito anos e durante esse intervalo de tempo, ele provocou uma revolução no curso e contribuiu para dar ainda mais visibilidade à área de TI. A frente da coordenação do Laboratório de Práticas em Engenharia de Software, ele não vê limites para a produção de conhecimento de seus alunos e investe a força necessária para vê-los se destacando em grandes empresas como o Google e o Facebook.

Apaixonado por Campina Grande, o chileno conta que veio para o Brasil ainda quando era criança. Ele disse que veio com o pai, que tinha sido convidado pelo reitor da universidade, Lynaldo Cavalcante Albuquerque, que na época estava importando “cérebros” para promover o desenvolvimento o setor tecnológico. “Então, nos viemos para o Brasil e a principio ficamos em João Pessoa, mas em pouco tempo, fomos atraídos pelo clima que Campina Grande e meu pai decidiu se mudar para cá. Daí então, começa a minha história de amor com essa cidade, e me considero um campinense. Nasci no Chile, mas praticamente me crie em Campina, pois cheguei ainda tinha entre 8 e 9 anos de idade. Me formei aqui, constitui família, sai para o doutorado na Dinamarca, mas não tive coragem de deixar Campina e voltei para cá, onde fiz carreira e me tornei professor da UFCG, atuando naquilo que mais gosto que é promover a produção de conhecimento na prática de TI”, explica.

De 1980 até hoje, Campina se tornou o aconchego do professor, que é referência profissional em Engenharia de Software. “Quando cheguei a Campina, senti uma recepção muito boa e logo fui criando vínculos. Adoro a cultura local, o forró, as pessoas daqui e me sinto em dívida com o que Campina tem sempre tem me dado. Por isso, procuro fazer a minha parte no que é necessário, usando aquilo que eu sei e posso, para ajudar no desenvolvimento da cidade, porque é uma gratidão que tenho”, diz.

Como coordenador do curso de Ciências da Computação, Serey enfatiza que lutou pela ampliação do número de vagas e pela qualidade dos profissionais que fazem parte do quadro de docentes. “Na época de coordenador eu brigava por mais vagas. Só tinham 30 para o curso e depois, conseguimos, também com o Reuni, ampliar para 90. Foi uma grande conquista, porque triplicamos o número de vagas, enquanto outros cursos reduziram. Quando fomos contratar professores, também fiz questão de participar da seleção e fui criterioso, para escolher os melhores profissionais e hoje tem um quadro excelente. Fiz tudo isso, focado em aumentar e manter a qualidade e hoje, o nosso curso é o único, que eu saiba na Paraíba, que recebeu pela sexta vez seguida, cinco estrelas no Guia do Estudante”, frisou Dalton.
 
     O gênio do mundo da TI, não pensa pequeno, quando o assunto é o desenvolvimento de Campina. Preocupado com a quantidade de alunos que vão trabalhar em outros países, o professor decidiu investir no espírito empreendedor dos alunos, para que tenham iniciativa de abrir empresas na cidade. “Por formamos excelentes engenheiros, mas ainda não formamos empreendedores e isso é muito importante fazer, para estimular a abertura de empresas de TI em Campina Grande. É bom saber que a maioria de nossos alunos já está contratada antes mesmo de terminar o curso, por grandes empresas, entre elas o Google e o Facebook. Mas é importante que nossos ‘cérebros’ fiquem por aqui também, onde se formaram. Por isso, tomei a iniciativa de criar junto com o departamento, criar disciplinas que fomentem o empreendedorismo nos alunos”, afirma. 
       De forma modéstia, o professor, que é um dos principais exponenciais do pólo de Ti de Campina, assegura que a cidade tem um potencial enorme e que as pessoas são atreladas ao pensamento desenvolvimentista. “Sempre tive certeza de que o material humano de Campina Grande era suficiente para exportar pro mundo inteiro, e hoje, há cinco anos seguidos, temos nos destacado, ganhando medalhas de ouro em algumas das principais competições pelo mundo inteiro. Saber que contribuo com Campina dessa forma, é algo que me deixa muito orgulho e me motiva cada vez a dar o meu melhor essa cidade que é tão encantadora e acolhedora”, disse.

Software para a Polícia Federal
        Um dos principais projetos que Serey destaca é o ‘e-pol’, um sistema desenvolvido no curso e que tem como objetivo, produzir e divulgar inquéritos digitalizados para a Polícia Federal do Brasil inteiro. Com um investimento de R$1,4 milhões, o sistema possibilitará a PF mais agilidade na elaboração e divulgação de processos judiciários. “A ideia é informatizar os processos de investigação de polícia judiciária e permitir que a PF deixe de fazer os inquéritos em papel e os digitalize completamente”, explicou o coordenador do curso de computação da UFCG, Dalton Serey. As pesquisas envolvem 18 alunos e professores da UFCG e outros 10 pesquisadores do Rio Grande do Norte.
       Além disso, o projeto poderá reduzir o gasto com papéis. “Será uma economia de papel, já que existem inquéritos de até 15 mil folhas e os advogados pedem cópia desses materiais. Tem também a economia processual, porque o transporte e o processo de tirar cópias demoram até 10 dias, e no inquérito digital, essa informação teria o acesso mais fácil e de forma automática”, disse Serey.







segunda-feira, 1 de outubro de 2012

ESTADO FARÁ CONCURSO PARA 5.412 VAGAS

Ricardo Coutinho assinará uma Medida Provisória nesta terça, em outra solenidade, detalhando as áreas, as vagas e os procedimentos para a realização desse concurso

O governador Ricardo Coutinho anunciou, na manhã desta segunda-feira (01), que o Estado realizará concurso público para o preenchimento de 5.412 vagas. Ele assinará uma Medida Provisória criando cargos de nível médio e anuncia concurso público em diversas áreas, no âmbito do Poder Executivo Estadual. A solenidade ocorre nesta terça-feira, às 10h00, no salão nobre do Palácio da Redenção.

A Medida provisória detalhará as áreas, as vagas e os procedimentos para a realização desse concurso. No início da noite, uma nota da Secretaria de Comunicação Institucional confirmou a informação do Portal Correio, postada às 12h08 desta segunda.
A confirmação do governador ratifica informação dada, em primeira mão, pelo programa 27 Segundos, da RCTV. Na época, o então secretário de Educação, Harrison Targino, adiantou que seria um grande concurso público. Dias depois, a secretária de Administração, Livânia Farias, também assegurou o concurso.


Além do nível técnico serão abertas vagas para professores da rede pública estadual de ensino.
Depois de assinada, a MP seguirá para votação da Assembleia Legislativa, que tem 90 dias para aprova-la e transforma-la em lei.

Com Portal Correio

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

FIM DA GREVE: Bancários de CG aceitam proposta e encerram greve

Em assembleia realizada na noite desta quarta-feira, 26 de setembro, os bancários de Campina Grande e Região aprovaram as propostas apresentadas ontem pela Fenaban, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Banco do Nordeste. Funcionários de bancos públicos e privados retornam ao trabalho a partir desta quinta-feira, 27.
As conquistas são resultado de nove dias de greve nacional dos bancários. A proposta da Fenaban inclui elevação para 7,5% do índice de reajuste dos trabalhadores (aumento real de 2.02%); para 8,5% o aumento do piso salarial e dos auxílios-refeição e alimentação (ganho real de 2,95%); e para 10% no valor fixo da regra básica e no limite da parcela adicional da Participação nos Lucros e Resultados (PLR). Os dias de greve não serão descontados, mas serão compensados em até duas horas por dia, de segunda a sexta-feira, até o dia 15 de dezembro e, assim como nos anos anteriores, eventual saldo após esse período será anistiado.
O presidente do Seeb-CGR, Rostand Lucena, lembrou que em nove dias de movimento grevista, a categoria se manteve unida, fechando 100% das agências bancárias em Campina Grande e Região.
"Mostramos nossa coragem de lutar por uma proposta decente. Soubemos lutar contra a intransigência dos bancos e nos mantivemos unidos durante todo o período de greve, isso é o mais importante", ressaltou Rostand.
Fonte: Seeb-CGR

Trio é preso acusado de integrar quadrilha de roubo de gado

Três homens foram presos, acusados de integrar uma quadrilha especializada em roubo de gado. O bando agia no Brejo, agreste e Zona da Mata Paraibana. Eles roubavam os animais em fazendas das regiões e vendiam nas feiras de gados de Campina Grande e João Pessoa.

 Os três homens foram presos em flagrante na manhã desta quarta-feira (26) depois de tentarem furtar três cabeças de gado nas proximidades do Assentamento Monsenhor Luiz Pescarmona em Alagoa Grande, Brejo paraibano.
 João Dantas Soares, Magno Felinto Gonçalves e Rosivaldo Inácio de Oliveira estavam fugindo em um veículo com o reboque que levava os animais quando foram presos pela Polícia Militar. Um quarto acusado, identificado como ‘Gordo de Otacílio’, conseguiu fugiu.
De acordo com a Polícia, os quatro homens teriam chegado à Alagoa Grande na terça-feira (25), vindos da capital, trazendo um reboque alugado com o objetivo de realizar o furto dos animais. “Rosivaldo e Gordinho desceram do carro nas proximiddes do Assentamento e seguiram andando de forma a não chamar a atenção dos moradores. Os outros dois,  João e Magno, ficaram circulando pela cidade até as três cabeças de gado serem recolhidas”, contou a delegada Tatiana Matos, que realizou o flagrante.
Segundo a delegada, os animais furtados foram devolvidos aos donos. Os presos, que foram encaminhados à Cadeia Pública de Alagoa Grande, possuem antecedentes criminais, inclusive por furto a gado.
Policia acionada - Os moradores da localidade perceberam o furto e denunciaram a ação criminosa à polícia. Com os animais recolhidos, Rosivaldo e Gordo voltaram ao assentamento para buscar os comparsas, momento este em que todos foram abordados pela PM. Ao perceber a presença dos policiais, ‘Gordinho’ fugiu em direção a um matagal.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Correios decidem continuar em greve

Após segunda audiência, trabalhadores dos Correios continuam em greve



Os funcionários dos Correios decidiram nesta terça-feira (25) continuar com a greve iniciada na semana passada. A decisão aconteceu após uma audiência realizada no Tribunal Superior do Trabalho (TST). A sessão para julgar o dissídio acontece na próxima quinta-feira (27).

Na audiência anterior, na semana passada, a vice-presidente do TST, ministra Maria Cristina Peduzzi, apresentou uma proposta que previa, entre outras medidas, um reajuste de 5,2% (reposição da inflação), reajuste de 8,84% nos vales alimentação e refeição e aumento linear de R$ 80. Os termos, entretanto, foram rejeitados pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. A estatal não apresentou nenhuma contraproposta hoje.

O vice-presidente jurídico dos Correios, Jefferson Carús criticou a proposta de um reajuste linear, para todos os servidores dos Correios, proposto pela vice-presidente do TST. Segundo ele, uma medida como essa traz "uma série de inconvenientes".

Redação com Portal Correio

Prefeito de Serra Branca renuncia ao cargo e diz que sofreu ameaça

Guilherme Gaudêncio era vice-prefeito de Serra Branca e tomou posse como prefeito na última sexta-feira (21), após decisão do Supremo Tribunal de Justiça.
O prefeito da cidade de Serra Branca, Guilherme Gaudêncio, renunciou ao cargo na manhã desta terça-feira (25) e disse que sofreu ameaças. O município é localizado no Cariri da Paraíba, a 230 quilômetros da Capital João Pessoa.
Guilherme Gaudêncio era vice-prefeito de Serra Branca e tomou posse como prefeito na última sexta-feira (21), após decisão do Supremo Tribunal de Justiça. Segundo ele, a cerimônia de posse foi considerada ilegal pelo presidente da Câmara, Joda Zuza, mas nenhum documento que comprovasse a ilegalidade do ato foi entregue ao novo prefeito.
“Eu tomei posse na prefeitura, porém o presidente não me passou o livro de atas da cidade. Falaram que minha posse foi ilegal, mas também não entregaram documento que comprovasse a ilegalidade”, declarou o vice-prefeito.
Guilherme também afirmou ter recebido telefonemas anônimos desde a sexta-feira (25). Nas ligações, funcionários de campanha proferiam expressões do tipo “cuidado na vida”, mas que ele não prestou queixa na polícia porque não o amendrontaram.

“Eu nem dei queixa na polícia, o motivo da minha renúncia foi a incerteza jurídica do presidente da Câmara. Eu refleti, vi que a administração continuava da mesma forma, o ex-prefeito continuava assinando cheques e dando ordens, então eu preferi renunciar. Isso está gerando uma insegurança muito grande na cidade, porque os fornecedores ficam sem saber quem vai pagar. O ex-prefeito diz que não sai do cargo, a mesa da Câmara não se pronuncia, não diz a quem vai dar a posse de fato. Então resolvi pedir renúncia do cargo porque vi que de repente eu corro risco de responder a um processo criminal por estar num cargo que de fato eu não recebi a papelada”, disse.
 
Portal Correio

Acidente com bombeiro será investigado


 A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a equipe médica do Hospital de Trauma que atendeu o major do Corpo de Bombeiros de Campina Grande, Major Fábio Santos, não confirmaram que ele estava embriagado, apesar de terem sido encontradas garrafas de bebidas alcoólicas dentro do carro dele quando se envolveu no acidente. O teste do bafômetro não foi feito porque, segundo a PRF, o militar estava em estado grave. O Comando Geral do Corpo de Bombeiros vai abrir uma sindicância para apurar o envolvimento do comandante no acidente que deixou duas pessoas feridas.
O major permanece internado em coma induzido no Hospital de trauma e respira através de ventilação mecânica. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgará o boletim do acidente hoje e o laudo que apontará as causas da tragédia deverá ser divulgado em até sete dias. Apesar de a PRF ter antecipado que o major apresentava sintomas de embriaguez, a informação não confirmada ontem, durante coletiva. A inspetora Keila Melo disse que não foi feito teste do bafômetro porque o militar estava em estado grave. O exame de alcoolemia também não foi solicitado por conta da gravidade do quadro clínico, mas a Delegacia de Acidente com Veículos (DAV) ainda poderá pedir que o exame seja realizado.
Segundo a inspetora Keila Mello, apesar de a PRF ter se antecipado ao informar que o militar apresentava sintomas de embriaguez, nada ainda pode ser confirmado. “A PRF que atendeu a ocorrência falou sobre esses possíveis sintomas, além de uma garrafa de bebida e copos que estavam dentro do carro dele. Mas isso ainda não é suficiente para dizer que ele estava embriagado. Vamos esperar o boletim que a agente está elaborando saber se essa informação se confirma mesmo. Em relação ao fato de ele estar trafegando na pista contraria, ainda não sabemos também como que isso aconteceu, porque no local não há marcas como frenagens que aponte que ele atravessou o canteiro central”, destacou.
O diretor do Hospital de Trauma, Geraldo Medeiros, disse que a equipe médica que atendeu o militar não percebeu sintomas de embriaguez. “Perguntei para todos eles e até para a equipe do Samu que fez os primeiros socorros e eles também alegaram não perceber nenhum sintoma de embriaguez”, disse o diretor.
Major Fábio quebrou o fêmur, duas costelas e perfurou o fígado. Ele foi submetido a uma cirurgia, mas após sofrer uma alteração na pressão arterial, precisou ser submetido à outra intervenção cirúrgica. “O estado dele é grave, mas de domingo para ontem, já apresentou uma pequena melhora. Nossa preocupação agora é de salvar a vida dele, que corre risco. A parte do fêmur deverá ser cirurgiada após a estabilidade do quadro clinico dele”, ressaltou Medeiros.
Joesivaldo Correia Lourenço, 36, que conduzia o veículo Punto que colidiu com o Tucson do major, já recebeu alta médica e o companheiro dele, Rosinaldo Antônio de Sousa, 35, permanece internado, em estado regular.
De acordo com o oficial de Relações Públicas do Comando Geral, major Marcelo Lins dos Santos, a instituição precisa saber o que de fato aconteceu com o comandante durante o acidente e se ele estava mesmo embriagado, conforme a PRF havia antecipado. “Vamos abrir a sindicância para saber o que aconteceu porque existem muitas informações em torno do que aconteceu, mas precisamos de confirmações para que se possa tomar providências. Se for comprovado que em algum momento que o acidente tenha sido provocado por imprudência do major, ai caberá a justiça comum, através da delegacia de acidentes, decidir sobre o caso”, disse.
Novo comandante – o Comando Geral irá designar hoje um novo comandante para o 2º BBM de Campina Grande. O oficial deverá assumir interinamente a função a partir de amanhã.
O acidente - O acidente aconteceu no km 141 por volta das 23h40 do último sabado. O major Fábio Santos seguia no sentido de João Pessoa para Campina Grande. Já os amigos Joesivaldo Correia Lourenço, 36 e Rosinaldo Antônio de Sousa, 35, voltavam de Campina Grande para cidade de Ingá no Agreste do Estado.
Daniel Motta - Correio da Paraíba

Novo bispo de CG se recupera após acidente


O novo bispo de Campina Grande, Dom Delson Pedreira da Cruz, 58, sofreu um acidente na noite do último domingo, na PE-120, entre os municípios de Catende e Agrestina, no estado de Pernambuco, quando seguia viagem para Campina. O religioso sofreu apenas escoriações leves. O bispo de Mossoró, Dom Mariano Manzana, 64, também estava no veículo. Ele fraturou o punho esquerdo, sofreu um corte perto dos olhos e alguns hematomas nas pernas.   Ambos foram atendidos em um hospital particular de Caruaru e já receberam alta, conforme informações divulgadas pela assessoria da Arquidiocese de Olinda e Recife.

Ainda de acordo com a assessoria, o acidente teria sido provocado por um motorista que perdeu o controle do carro e invadiu a contramão, colidindo com o veículo onde estavam os bispos. Conforme relatou à Arquidiocese, o motorista Moacir Bezerra, que conduzia os bispos e sofreu apenas algumas lesões leves, o acidente aconteceu por volta das 20h30. “O motorista embriagado entrou na contramão e atingiu um veículo que estava a nossa frente e depois o nosso. Não houve tempo para desviar”, contou. Conforme as informações divulgadas pela Arquidiocese de Olinda, o governo do estado do Rio Grande do Norte cedeu um avião para que os bispos voltassem a Mossoró.

Apesar do acidente, a Diocese de Campina Grande confirmou a posse do novo bispo para o próximo sábado. Ele chegará à cidade pela Alça Sudoeste, às 15h00, quando será saudado por fogos, e seguirá em carreata até a Praça da Bandeira. No local, dom Delson será recebido pelas autoridades do município e do Estado. Já às 18h00, ele celebrará a primeira missa na Catedral Nossa Senhora da Conceição.