A Polícia
Rodoviária Federal (PRF) e a equipe médica do Hospital de Trauma que atendeu o
major do Corpo de Bombeiros de Campina Grande, Major Fábio Santos, não
confirmaram que ele estava embriagado, apesar de terem sido encontradas
garrafas de bebidas alcoólicas dentro do carro dele quando se envolveu no
acidente. O teste do bafômetro não foi feito porque, segundo a PRF, o militar
estava em estado grave. O Comando Geral do Corpo de Bombeiros vai abrir uma
sindicância para apurar o envolvimento do comandante no acidente que deixou
duas pessoas feridas.
O major
permanece internado em coma induzido no Hospital de trauma e respira através de
ventilação mecânica. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgará o boletim do
acidente hoje e o laudo que apontará as causas da tragédia deverá ser divulgado
em até sete dias. Apesar de a PRF ter antecipado que o major apresentava
sintomas de embriaguez, a informação não confirmada ontem, durante coletiva. A
inspetora Keila Melo disse que não foi feito teste do bafômetro porque o
militar estava em estado grave. O exame de alcoolemia também não foi solicitado
por conta da gravidade do quadro clínico, mas a Delegacia de Acidente com
Veículos (DAV) ainda poderá pedir que o exame seja realizado.
Segundo a
inspetora Keila Mello, apesar de a PRF ter se antecipado ao informar que o
militar apresentava sintomas de embriaguez, nada ainda pode ser confirmado. “A
PRF que atendeu a ocorrência falou sobre esses possíveis sintomas, além de uma
garrafa de bebida e copos que estavam dentro do carro dele. Mas isso ainda não
é suficiente para dizer que ele estava embriagado. Vamos esperar o boletim que
a agente está elaborando saber se essa informação se confirma mesmo. Em relação
ao fato de ele estar trafegando na pista contraria, ainda não sabemos também
como que isso aconteceu, porque no local não há marcas como frenagens que
aponte que ele atravessou o canteiro central”, destacou.
O diretor
do Hospital de Trauma, Geraldo Medeiros, disse que a equipe médica que atendeu
o militar não percebeu sintomas de embriaguez. “Perguntei para todos eles e até
para a equipe do Samu que fez os primeiros socorros e eles também alegaram não
perceber nenhum sintoma de embriaguez”, disse o diretor.
Major
Fábio quebrou o fêmur, duas costelas e perfurou o fígado. Ele foi submetido a
uma cirurgia, mas após sofrer uma alteração na pressão arterial, precisou ser submetido
à outra intervenção cirúrgica. “O estado dele é grave, mas de domingo para
ontem, já apresentou uma pequena melhora. Nossa preocupação agora é de salvar a
vida dele, que corre risco. A parte do fêmur deverá ser cirurgiada após a
estabilidade do quadro clinico dele”, ressaltou Medeiros.
Joesivaldo
Correia Lourenço, 36, que conduzia o veículo Punto que colidiu com o Tucson do
major, já recebeu alta médica e o companheiro dele, Rosinaldo Antônio de Sousa,
35, permanece internado, em estado regular.
De acordo
com o oficial de Relações Públicas do Comando Geral, major Marcelo Lins dos
Santos, a instituição precisa saber o que de fato aconteceu com o comandante
durante o acidente e se ele estava mesmo embriagado, conforme a PRF havia
antecipado. “Vamos abrir a sindicância para saber o que aconteceu porque
existem muitas informações em torno do que aconteceu, mas precisamos de confirmações
para que se possa tomar providências. Se for comprovado que em algum momento
que o acidente tenha sido provocado por imprudência do major, ai caberá a
justiça comum, através da delegacia de acidentes, decidir sobre o caso”, disse.
Novo comandante – o Comando Geral irá designar
hoje um novo comandante para o 2º BBM de Campina Grande. O oficial deverá
assumir interinamente a função a partir de amanhã.
O acidente - O acidente aconteceu no km 141
por volta das 23h40 do último sabado. O major Fábio Santos seguia no sentido de
João Pessoa para Campina Grande. Já os amigos Joesivaldo Correia Lourenço, 36 e
Rosinaldo Antônio de Sousa, 35, voltavam de Campina Grande para cidade de Ingá
no Agreste do Estado.
Daniel Motta - Correio da Paraíba
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