segunda-feira, 24 de setembro de 2012

No Rio de Janeiro, pesquisadores anunciaram a descoberta de um método que pode ajudar a controlar a dengue.


Cientistas de mais de 60 países souberam nesta segunda (24) da novidade. A revelação foi feita em um congresso que discute as doenças tropicais. Desde a década de 80, pesquisadores australianos buscam uma saída para reduzir a vida do Aedes aegypti.
Em parceira com estudiosos da Fundação Osvaldo Cruz descobriram que uma bactéria existente num tipo de mosca, a Drosophila, que se alimenta de frutas, pode provocar a morte do mosquito transmissor da dengue.
Mas no ano passado, uma surpresa: quando os cientistas introduziram a bactéria, chamada Wolbachia, em ovos do Aedes aegypti, perceberam que ela impedia também a transmissão do vírus da dengue.
“A bactéria é passada pelos ovos pra próxima geração e com isso rapidamente todos os mosquitos estão infectados, estão contendo essa bactéria e a gente espera então com o mosquito na natureza contendo a bactéria, que eles venham a bloquear o vírus da dengue”, disse o pesquisador da Fiocruz Luciano Andrade Moreira.
Para o coordenador da pesquisa, Scott O´neil, da universidade australiana, a conclusão é um grande passo para diminuir os casos. Segundo ele, mais de 20% da população mundial correm o risco de contrair a dengue. No Brasil, esse ano foram quase 550 mil pessoas contaminadas. Ao todo, 214 morreram.
A próxima etapa, o teste de campo, será feito no Vietnã e na Indonésia, e em 2014 no Brasil. Se os resultados forem positivos, dentro de no máximo cinco anos, haverá uma grande redução do número de casos de dengue em boa parte do país.

G1

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