quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Seca não é a maior, mas faz mais estragos


Oito meses sem chuvas dizimam 50% do rebanho e inviabilizam agricultura
Foto: Roberto Lima

Carcaças de animais, plantações devastadas e casas abandonadas desenham o cenário dos impactos provocados desta estiagem, que em pouco tempo já deixou um rastro de destruição maior que outras secas registradas no Estado. A meteorologia conta oito meses sem chuvas e lista as regiões mais afetadas: Cariri, Curimataú e Agreste, onde praticamente não houve produção agrícola e mais de 50% do rebanho já foi dizimado. Segundo o meteorologista Alexandre Magno Teodósio de Medeiros, esta não é a maior seca dos últimos anos, mas a que tem causado mais estragos.

Ele explica que a última maior estiagem foi no final da década de 1990, considerando o índice pluviométrico e o volume dos reservatórios. “A seca de 1998, provocada pela mais intensa atuação do El Niño neste século, teve 30% menos registros de chuvas do que este ano. Naquele período, não choveu em pelo menos 70% das cidades paraibanas e o açude do Boqueirão ficou com apenas 14% de sua capacidade hídrica, causando um racionamento geral de água”, explicou.

De acordo com o meteorologista, os impactos da estiagem deste ano, dão a sensação de que ela é maior: “O tamanho do rebanho bovino hoje é maior, a extensão de áreas plantadas também cresceu. Os prejuízos são maiores”.


Daniel Motta - Correio da Paraíba


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